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Como os avanços tecnológicos atraem bancos estrangeiros para o mercado brasileiro

04/03/2024
Durante os anos 90, com a implementação do Plano Real, o controle inflacionário e a estabilização do consumo das famílias, atraiu vários bancos estrangeiros, com o ABN Amro, Santander, HSBC, Citibank, chegarem ao Brasil, iniciando suas operações junto aos segmentos de varejo, corporate e investimento. Com a privatização de bancos estaduais, se percebia a abertura de parcela significativa do mercado, que era marcado por taxas elevadas e serviços básicos ofertados para ampla maioria da população. Assim, esses bancos planejavam uma rápida expansão, se consolidando no nascente mercado bancário brasileiro.
Contudo, a década seguinte trouxe um choque de realidade amargo para boa parte dessas instituições a pouco tempo operantes no país. O alto custo para criar e manter rede de agências bancárias em todo Brasil, junto com a pesada concorrência de bancos locais consolidados, como Itaú, Unibanco (a fusão entre eles ocorre apenas no final da década de 2000), Bradesco e os estatais Banco do Brasil e Caixa, tornaram o mercado bancário brasileiro desafiador.
Como resultado, nos anos entre 2008 e 2014, tivemos a saída de nomes como ABN, que vendeu sua operação, bem como o Citibank e o HSBC fizeram. Ainda que os motivos tenham sido alegadamente diversos, todas essas saídas têm como base, um mercado hostil, extremamente concentrado.
Já nos últimos anos, com o advento das fintechs e melhorias em tecnologia da informação e legislação menos protecionista, estamos vendo um fluxo de retorno de instituições financeiras estrangeiras para o mercado bancário brasileiro. Ao invés de entrar diretamente no mercado, como o ocorrido nos anos 90, os bancos estrangeiros estão entrando no mercado brasileiro com parcerias junto a fintechs, se utilizando dos elementos do BaaS e a dispensa de uma infraestrutura física, para poder escalar sua operação.
Atualmente, temos o banco estadunidense JP Morgan, que é sócio do banco C6 e o banco espanhol BBVA, que é sócio do Neon, são os principais exemplos desse tipo de parceria. Agora, é observar se com a participação de players brasileiros, estes bancos estrangeiros conseguirão "criar raízes"no Brasil.
Para conhecer mais sobre o mercado bancário, acesse nosso site!
Por Pedro Guedes
Com informações de Feeb/PR, Estadão
Imagem: GBX
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